Durante uma recente participação no programa “Saia Justa”, do GNT, Tati Machado, de 33 anos, trouxe à tona uma reflexão profunda sobre a pressão dos padrões de beleza impostos pela sociedade. A apresentadora compartilhou suas experiências pessoais e a batalha constante com sua autoimagem, revelando como os padrões de beleza muitas vezes a fazem sentir-se insatisfeita com seu próprio corpo.
“Vivemos em uma era onde a magreza extrema é exaltada, e como mulher gorda, eu me esforço para discutir a não romantização da obesidade”, iniciou Tati. “Às vezes, me vejo no espelho e fico desanimada. Há dias em que me olho nua e penso: ‘Hoje não está funcionando. Eu mudaria tudo em mim'”. Tati admitiu que, apesar de ter emagrecido significativamente devido aos exercícios físicos, o elogio frequentemente associado à perda de peso—’emagreceu, está linda!’—reafirma a ideia de que a beleza está intimamente ligada à magreza. “Eu realmente me sinto bem agora, mas antes já me sentia linda também”, completou.
Além disso, Tati mencionou que frequentemente recebe propostas para procedimentos estéticos, mas aborda essas ofertas com cautela. “Não quero sucumbir às pressões para me encaixar em padrões irreais. Sempre pondero se essas mudanças realmente beneficiarão meu bem-estar”, disse.
O programa também contou com uma contribuição reflexiva de Eliana, de 52 anos, que compartilhou sua própria jornada com procedimentos estéticos. “Fiz rinoplastia, silicone e lipoescultura quando era mais jovem. Com o tempo, estou fazendo as pazes com o meu corpo”, revelou Eliana. Ela falou sobre o processo de autoaceitação que vem experimentando. “Aos 20 anos, eu queria estar de acordo com os padrões, mas agora, aos 50, estou em um processo de desconstrução. Aprendi a me amar sem os apliques, sem maquiagem e sem filtros. É um exercício constante, mas é um trabalho de aceitação que não é fácil”, admitiu.
A conversa no “Saia Justa” destacou a luta contínua contra os padrões de beleza inatingíveis e a importância de encontrar a aceitação pessoal em meio a essas pressões. Tati Machado e Eliana, através de suas experiências, sublinham a necessidade de se reconectar com a própria imagem e desafiar as normas sociais que muitas vezes impõem uma visão limitada de beleza e valor pessoal.