A perda da influenciadora digital turca Kubra Aykut, aos 26 anos, abalou a comunidade online e reacendeu um importante debate sobre saúde mental na era das redes sociais. Kubra, que contava com uma legião de seguidores de diversas partes do mundo, foi encontrada sem vida na última segunda-feira, 23, após uma queda do quinto andar de seu apartamento em Istambul. A trágica notícia deixou seus fãs em choque e levantou preocupações sobre a pressão psicológica enfrentada por aqueles que vivem sob os holofotes da mídia.
Investigações preliminares revelaram uma carta de despedida escrita por Kubra, onde ela expôs suas lutas contra a depressão. Na carta, a influenciadora desabafou sobre a falta de apoio e compreensão, enfatizando a dificuldade em ser gentil consigo mesma, apesar de se esforçar para ser uma boa pessoa para os outros. “A minha dor é invisível”, escreveu ela, ressaltando que seu sofrimento silencioso muitas vezes passou despercebido por quem estava ao seu redor.
O desabafo de Kubra incluiu reflexões profundas sobre felicidade e egoísmo, expressando a sensação de que, para encontrar a verdadeira alegria, talvez fosse necessário ser um pouco egoísta. “Eu pulei por vontade própria porque não quero mais viver”, destacou em um trecho emocionante. A carta, divulgada pelas autoridades, trouxe à luz a luta interna que muitos enfrentam em silêncio, uma luta que muitas vezes não é percebida por familiares e amigos.
A morte de Kubra foi registrada como uma queda, mas as autoridades ainda estão investigando se se tratou de um acidente, suicídio ou, até mesmo, um possível homicídio. Essa incerteza apenas reforça a necessidade de um diálogo aberto sobre questões de saúde mental, especialmente em um mundo onde influenciadores sentem a pressão de manter uma imagem perfeita.
Kubra Aykut, que se destacou nas redes sociais por sua autenticidade e por momentos inusitados, como o simbólico “casamento consigo mesma”, deixou uma marca indelével em seus seguidores. Sua tragédia ressalta a urgência de criar um espaço seguro e acolhedor para discutir a saúde mental, a fim de evitar que outras vidas sejam perdidas em decorrência do silêncio e da incompreensão. A sociedade precisa urgentemente promover conversas sobre apoio psicológico e emocional, para que situações como a de Kubra se tornem cada vez mais raras.