O relato de uma brasileira que enfrenta as fortes enchentes na Espanha é comovente.
A natureza, em sua força implacável, transformou a vida da empresária baiana Gleice Baltazar Santos em um verdadeiro pesadelo. No epicentro das devastadoras enchentes que assolaram a Espanha, ela se viu diante de uma situação inimaginável: salvar seu recém-nascido enquanto o caos se instalava em seu lar. Em meio a uma tragédia que já causou a morte de mais de 200 pessoas, Gleice compartilha sua história de desespero e sobrevivência, revelando a resiliência de uma mãe em tempos de crise.
Uma brasileira viveu momentos de profunda aflição ao ser surpreendida pelas intensas chuvas que devastaram a Espanha, resultando na morte de mais de 200 pessoas. A empresária baiana Gleice Baltazar Santos, de 40 anos, enfrentou uma situação desesperadora na última terça-feira, dia 29 de outubro, quando as enchentes tomaram conta da região onde reside.
Gleice, que mora em Paiporta, uma das áreas mais afetadas pela calamidade, descreveu como a água subiu de maneira rápida e inesperada, fazendo com que seus eletrodomésticos flutuassem em sua casa. Consciente da gravidade da situação, ela se viu em um momento crítico ao tentar proteger seu bebê, Matteo, que tinha apenas 14 dias de vida.
“Entrei em pânico e, na tentativa de salvar meu filho, coloquei-o no forro do teto para mantê-lo seguro”, relatou. Mãe solo, Gleice vive na Espanha há 18 anos, onde se dedica à venda de roupas.
Em meio ao caos, uma vizinha do andar de cima a ajudou a resgatar Matteo, permitindo que Gleice conseguisse sair em segurança. Com lágrimas nos olhos, ela expressou sua gratidão a Deus por ter sobrevivido junto com seu filho.
Atualmente, mãe e filho estão hospedados na casa de amigos no centro de Valência, contando com o apoio da comunidade local e doações recebidas. A residência de Gleice está a poucos passos de um rio que transbordou, resultando em destruição.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram a devastação de pontes e edifícios, enquanto várias localidades ainda enfrentam problemas de comunicação e falta de energia elétrica. As estradas estão inundadas e o transporte aéreo e ferroviário está comprometido, levando as autoridades a pedirem que a população evite qualquer tipo de deslocamento.