“Descubra maneiras de enfrentar os obstáculos da convivência a dois”
É maravilhoso ter um casal de amigos que serve como inspiração para você! A dinâmica deles, equilibrando momentos compartilhados com espaço para individualidade e reflexão, é realmente especial. É inspirador ver como eles constroem um amor sólido dia após dia.
É inspirador observar como eles se aventuram em destinos desconhecidos, mas ainda assim mantêm uma rotina que sustenta uma convivência harmoniosa tanto em casa quanto fora dela. A comunicação aberta e a disposição para encontrar soluções, mesmo que signifique fazer concessões, são fundamentais para eles. Eles construíram uma família única, onde cada preferência e personalidade são respeitadas e integradas. Claro, como em qualquer relacionamento, também enfrentam desafios e momentos difíceis, mas estão dispostos a compartilhar essas experiências para aliviar o peso do coração.
O tempo transformou-os em um porto seguro, onde o diálogo, o respeito e a compreensão estão sempre presentes, juntamente com uma reciprocidade e determinação mútua para fazer o relacionamento prosperar. Esses elementos são cruciais para permitir que duas pessoas cresçam individualmente enquanto ainda se mantêm unidas, evoluindo juntas. No entanto, encontrar indivíduos dispostos a isso nem sempre é fácil.
Conviver verdadeiramente exige respeitar a bagagem emocional do outro. Muitas vezes, os traumas passados criam barreiras que nos afastam do outro e de nós mesmos. Além disso, a rigidez das verdades absolutas e o desejo de controle podem corroer até mesmo os relacionamentos mais sólidos, fazendo com que os laços percam sua leveza e se desgastem.
Conviver é uma das artes mais belas e complexas, e crescer ao lado de quem amamos é essencial para o amor florescer. No entanto, direcionar nossas vidas em conjunto pode ser tão desafiador quanto crescer individualmente. Para tornar esse processo prazeroso, é importante encontrar um equilíbrio delicado, progredindo juntos sem invadir os espaços um do outro ou causar ferimentos. Isso requer comunicação aberta, respeito mútuo e uma compreensão profunda das necessidades e limitações de cada um.
“Nos vermos” é um primeiro passo crucial. Antes de responder a essas perguntas, é fundamental refletir sobre o que significa verdadeiramente evoluir em par. Como aponta a psicóloga e psicanalista Fê Lopes, em nossa sociedade, muitas vezes associamos o crescimento a acumular bens materiais. No entanto, essa acumulação não garante que duas pessoas estejam realmente evoluindo juntas.
Isso significa que nossa conta bancária está crescendo. Crescer juntos é diferente: significa que eu te vejo e você me vê. Reconheço suas potencialidades e limitações, e você faz o mesmo por mim. Podemos nos vulnerabilizar nessa relação e nos ajudar em nossas dificuldades.
Na prática, a Fê compara com situações cotidianas, como o gerenciamento da alimentação em casa. Se eu não tenho o hábito de comer bem, mas meu parceiro sim, e ele me apoia sem críticas, aos poucos, isso influencia minha vida. O mesmo acontece se eu pratico atividade física e meu parceiro se beneficia disso. Estabelecemos um equilíbrio, uma parceria entre ações e habilidades.
Crescer junto significa influenciar o outro com nossos hábitos e costumes diários, afetando positivamente a vida um do outro. Ambos precisam estar abertos para essa influência, caso contrário, não adianta.
Isso significa que nossa conta bancária está crescendo. Crescer juntos é diferente: significa que eu te vejo e você me vê. Reconheço suas potencialidades e limitações, e você faz o mesmo por mim. Podemos nos vulnerabilizar nessa relação e nos ajudar em nossas dificuldades.
Na prática, a Fê compara com situações cotidianas, como o gerenciamento da alimentação em casa. Se eu não tenho o hábito de comer bem, mas meu parceiro sim, e ele me apoia sem críticas, aos poucos, isso influencia minha vida. O mesmo acontece se eu pratico atividade física e meu parceiro se beneficia disso. Estabelecemos um equilíbrio, uma parceria entre ações e habilidades.
Crescer junto significa influenciar o outro com nossos hábitos e costumes diários, afetando positivamente a vida um do outro. Ambos precisam estar abertos para essa influência, caso contrário, não adianta.
Trocar em vez de impor. A disposição desempenha um papel crucial em todos os aspectos da vida. Embora enfrentemos diversas dificuldades, quando estamos abertos a aprender, a ceder e a reconhecer nossos próprios limites, além de respeitar os dos outros, estamos dando um passo importante para fortalecer nossas conexões.Fê Lopes observa: “Se estou fechado e convencido de que sou o único detentor da verdade, minha capacidade de crescimento é limitada, e também não consigo ajudar no seu crescimento. Permaneço no papel de mestre, enquanto você fica restrito ao de aprendiz”.Ela destaca que, para que o crescimento mútuo ocorra em qualquer relacionamento, é essencial abandonar a expectativa de que tudo precisa ser simétrico o tempo todo. “A vida é dinâmica; a reciprocidade absoluta é uma ilusão. Devemos reconhecer que cada um de nós tem algo a oferecer, algo a receber, e podemos construir algo juntos”, explica. “É um desafio, porque exige que eu abandone uma postura de superioridade em relação ao outro”, complementa Fê.Para que essa troca funcione, é fundamental compreendermos que cada indivíduo está em um estágio diferente da vida e carrega consigo uma bagagem única, repleta de experiências diversas. É dessa diversidade que surgem as oportunidades de troca: temos algo para compartilhar, assim como há sempre algo novo para aprender, independentemente de nossas experiências passadas.”
Assumir essa postura aberta, onde ensino e aprendo sem arrogância ou competição, é uma oportunidade para fortalecer a união e promover o crescimento mútuo. “É impossível pensar em um relacionamento onde não haja crescimento sem abrir mão do poder, estar aberto para ouvir e ser influenciado pelo que o outro traz para nossa vida”, observa a psicóloga.
No processo de evolução conjunta, é justo que o desenvolvimento individual de cada um contribua diretamente para o crescimento do outro. “Neste ambiente de aprendizado amoroso, ensinamos com paciência e aprendemos com humildade, reconhecendo que cada interação é uma oportunidade para fortalecer os laços e ampliar nossa compreensão sobre o amor, o outro e nós mesmos”, explica Desirée da Cruz Cassado, especialista em Psicologia Comportamental Contextual e professora na The School of Life.
Inspirada nas ideias do filósofo Alain de Botton e da educadora Bell Hooks, Desirée afirma que o amor é um conjunto de habilidades que precisamos cultivar diariamente. “Isso inclui a assertividade para expressar nossas necessidades e desejos, a empatia para compreender profundamente o outro, a generosidade para oferecer apoio e carinho, e o autoconhecimento para entender nossas próprias emoções e motivações”.
Portanto, avançar em um relacionamento requer a prática do amor como uma ação de cuidado e compreensão, pois amar verdadeiramente é um exercício contínuo. “Um casal cresce junto quando está disposto a ter conversas difíceis com abertura e respeito, quando pratica uma comunicação transparente e compassiva, quando está disposto a negociar soluções que atendam às necessidades de ambos, e tem generosidade para compartilhar conhecimentos e experiências, além de humildade para aceitar aprendizados”, conclui Desirée.
Para Desirée, esses são sinais de maturidade emocional, um elemento fortalecedor dos laços que auxilia a superar os desafios do percurso conjugal. “A psicóloga Esther Perel nos lembra que manter o amor e o desejo em um relacionamento de longo prazo requer não apenas comunicação aberta, mas também respeito pelas individualidades e disposição para se reinventar juntos”, destaca.
Fomentar o crescimento e a individualidade do parceiro é fundamental para estimular o desenvolvimento de ambos na relação, mantendo sempre o respeito às nossas próprias necessidades e reconhecendo os sinais de reciprocidade, que podem se manifestar de diversas maneiras durante a convivência.
“É um equilíbrio delicado que reflete a essência do amor saudável. Bell Hooks enfatiza a importância de cultivar um amor libertador, onde o apoio mútuo e o incentivo à individualidade são primordiais”, ressalta Desirée. Ela conclui: “Ao valorizar nossas ações e escolhas, assim como as do nosso parceiro, construímos um relacionamento baseado na confiança, no respeito e na liberdade de sermos autenticamente nós mesmos”. Assim, podemos ser apoio sem nos desgastar e não dependemos constantemente do suporte do outro. É crescer enquanto nos amparamos mutuamente, com amor e gentileza.