Bolsonaro detonou Janja após pronúncia errada durante entrevista.
Uma entrevista da primeira-dama Janja Lula da Silva à CNN, realizada na quarta-feira, 13 de novembro, gerou repercussão após ela cometer erros de pronúncia ao abordar questões relacionadas à segurança do avião presidencial. Jair Messias Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, não perdeu a oportunidade de ironizar a situação, utilizando sua plataforma no Telegram para criticar e ridicularizar a fala de Janja.
Durante a entrevista, Janja discutiu os riscos associados à aeronave presidencial, que enfrentou uma pane técnica em outubro. O incidente obrigou o avião a sobrevoar a Cidade do México por cinco horas, queimando combustível antes de realizar um pouso seguro.
“A gente acaba sendo irresponsável com a vida do presidente da República – não estou falando do presidente Lula, mas do presidente do Brasil. Então a gente acaba sendo irresponsável com isso, de colocar ele dentro de uma aeronave com tantos problemas”, afirmou a primeira-dama.
Erros Viram Motivo de Deboche
No entanto, Janja pronunciou as palavras “irresponsável” e “problemas” como “inresponsável” e “ploblemas”, deslizes que rapidamente se tornaram alvo de críticas de Bolsonaro. O ex-presidente compartilhou os trechos em seu canal no Telegram, acompanhados de comentários sarcásticos.
Bolsonaro também aproveitou para fazer uma conexão irônica com o educador Paulo Freire, chamando Janja de “aluna do Paulo Freire”. Essa referência faz parte de uma crítica recorrente do ex-presidente ao legado do pedagogo, frequentemente atacado por ele como símbolo de abordagens educacionais que desaprova.
Repercussão e Contexto
A postura de Bolsonaro reacende debates sobre a politização de falas e ações públicas de figuras ligadas ao governo. Enquanto seus apoiadores veem nas críticas um tom de vigilância, opositores enxergam nelas uma tentativa de desviar o foco de questões mais relevantes.
Por outro lado, o episódio também traz à tona a importância de discursos claros e bem articulados por parte de figuras públicas, especialmente em temas sensíveis como segurança presidencial, onde cada palavra pode carregar peso significativo.