Casos criminais de grande repercussão frequentemente trazem à tona discussões complexas sobre direitos, dignidade e justiça. O assassinato do ator Rafael Miguel, ocorrido em 2019, é um desses casos que continua a atrair a atenção da mídia e do público, agora com um novo capítulo envolvendo o acusado, Paulo Cupertino. Às vésperas de seu julgamento, Cupertino fez uma exigência específica, que pode influenciar a forma como ele será visto no tribunal.
Exigência de dignidade no tribunal
Paulo Cupertino, acusado do assassinato de Rafael Miguel e seus pais, solicitou à Justiça o direito de comparecer ao seu julgamento vestindo roupas comuns, como calça, camisa e tênis “normais”, em vez do uniforme do presídio. Segundo informações reveladas pelo apresentador Luiz Bacci, durante o programa “Cidade Alerta”, da Record TV, a defesa de Cupertino argumenta que usar o traje prisional poderia prejudicar sua imagem diante dos jurados e comprometer o julgamento.
De acordo com os advogados de Cupertino, a roupa da prisão poderia ferir sua dignidade, algo que a defesa considera um fator relevante para garantir um julgamento justo. “Segundo a alegação da defesa, isso fere a dignidade dele e acaba comprometendo o julgamento perante os jurados”, relatou Bacci.
O crime que chocou o país
O crime em questão aconteceu na Zona Sul de São Paulo, em 2019, e rapidamente ganhou repercussão nacional e internacional. Rafael Miguel, de apenas 22 anos na época, foi morto a tiros junto com seus pais em uma emboscada que chocou o país. Paulo Cupertino, o acusado, é o pai de Isabela Tibcherani, então namorada de Rafael. O assassinato teria sido motivado pelo fato de Cupertino não aceitar o relacionamento da filha com o ator.
Agora, enquanto o julgamento se aproxima, a exigência feita pelo réu acrescenta uma nova camada de discussão ao caso. Se por um lado, sua defesa alega que o uso de roupas comuns é uma questão de dignidade e justiça, por outro, o público e os familiares das vítimas aguardam ansiosamente por uma sentença que faça justiça ao brutal crime que tirou a vida de três pessoas. O desfecho desse caso, sem dúvida, ainda promete gerar grandes debates.