Vídeo expõe o resgate dos corpos dos seis tripulantes do helicóptero dos bombeiros que caiu em Ouro Prerto (MG)

O acidende trágico está sob investigação.

O resgate de vítimas em acidentes aéreos é sempre um grande desafio, especialmente em áreas montanhosas e com condições climáticas adversas. No último sábado (12), o tenente-coronel Flávio Barreto, piloto do helicóptero Pégasus 22 da Polícia Militar, enfrentou uma das operações mais desafiadoras de sua carreira ao recuperar seis vítimas fatais de uma queda de aeronave do Corpo de Bombeiros, ocorrida no dia anterior.

O acidente envolveu o helicóptero Arcanjo 04, que estava em uma missão de apoio no combate a incêndios. De acordo com o piloto, as condições meteorológicas e geográficas tornaram o resgate extremamente difícil.

Barreto ressaltou que a operação foi especialmente desafiadora devido a fatores como o peso da aeronave, a altitude elevada e, principalmente, os ventos fortes, que dificultavam a estabilidade do helicóptero durante as manobras. Ele explicou que, em situações como essa, é crucial manter o controle total da aeronave, uma vez que os ventos podem empurrá-la em direção às montanhas, colocando em risco tanto a tripulação quanto a equipe de resgate no solo.

Mesmo com seus 15 anos de experiência, o tenente-coronel reconheceu que resgatar corpos em acidentes fatais é sempre um momento profundamente difícil. Ele comentou que, enquanto o resgate de sobreviventes traz uma sensação de dever cumprido, operações que envolvem vítimas fatais deixam um sentimento de tristeza e consternação.

O acidente, ocorrido na tarde de sexta-feira (11), resultou na perda de seis membros do Corpo de Bombeiros: o capitão Wilker, o tenente Victor, os sargentos Wellerson e Gabriel, o médico Rodrigo Trindade e o enfermeiro Bruno Sudário.

A tragédia aconteceu logo após a equipe concluir uma missão de busca por Adriano Machado, outro piloto que também havia sofrido um acidente aéreo. As primeiras investigações apontam que o mau tempo pode ter sido um fator decisivo na queda do helicóptero Arcanjo 04.

Missões de resgate como essa destacam os riscos que os profissionais enfrentam e o forte impacto emocional que essas operações causam. Essas tragédias reforçam a necessidade de melhorar as condições de segurança e treinamento para lidar com situações extremas.

A valorização e o apoio psicológico às equipes de resgate são essenciais para ajudá-las a lidar com a intensa carga emocional imposta por missões tão desafiadoras. Esse suporte não só contribui para o bem-estar mental dos profissionais, mas também garante que eles estejam preparados para enfrentar cenários de alto risco com o máximo de eficiência e segurança. A importância de oferecer acompanhamento emocional contínuo e condições de trabalho adequadas é crucial para que possam continuar desempenhando suas funções com equilíbrio e resiliência.