Deolane Bezerra e mãe voltam para São Paulo de jatinho particular após deixarem prisão em Pernambuco

Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, retornaram a São Paulo nesta quarta-feira, dia 25, após serem liberadas da prisão em Pernambuco. Mãe e filha chegaram à capital paulista em um jato particular.

Deolane, influenciadora e advogada, compartilhou em suas redes sociais uma foto dentro da aeronave, enquanto sua mãe posava na porta do jato. “Finalmente em casa”, escreveu Solange.

Antes da viagem, Deolane compareceu ao Fórum Rodolfo Aureliano, no Recife, para assinar os documentos relacionados à sua soltura. Ambas deixaram o presídio em Buíque, no Agreste pernambucano, na tarde de terça-feira, 24. Elas foram libertadas após uma decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que beneficiou os 18 investigados pela Operação Integration.

Segundo o portal “Léo Dias”, o jato utilizado pertence à empresa Ases Participações LTDA, ligada ao empresário Eduardo Henrique de Oliveira e Silva e à empresa Asa Indústria e Comércio LTDA. No entanto, a aeronave não possui autorização da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para funcionar como táxi aéreo.

Conforme as investigações, Deolane Bezerra teria utilizado sua mãe e seu filho como “laranjas” para movimentar grandes quantias de dinheiro, o que levantou suspeitas devido ao alto volume de transações em curto período.

Embora Deolane e Solange estejam em liberdade, ambas ainda estão sob investigação pela polícia civil de Pernambuco e pelo Ministério Público, acusadas de lavagem de dinheiro ligada a atividades ilícitas envolvendo jogos de azar. Muitos se questionam sobre o envolvimento direto de Solange, já que ela não atua publicamente como promotora das empresas de apostas citadas na Operação Integration, cujo inquérito foi acessado pelo jornal EXTRA.

Além das contas bancárias pessoais e empresariais de Deolane, descobriu-se que grandes somas de dinheiro passaram pela conta de sua mãe, Solange, aberta há menos de dois anos em uma agência do Bradesco em São Paulo. Solange, que declarou uma renda mensal de R$ 10 mil e não possui registro profissional, chamou a atenção do banco ao movimentar valores bem acima de sua renda declarada.

Sócia de uma empresa de vestuário e outra de cobranças, Solange foi monitorada pelo Sistema de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro devido a transações atípicas em dezembro, apenas um mês após abrir sua conta.

Entre essas transações, destacam-se transferências que somaram R$ 109 mil, além de valores devidos à Pay Brokers Cobrança e Serviço, empresa ligada a Darwin Filho, também investigado, e contratante de Deolane como promotora de suas plataformas de jogos.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou irregularidades nas movimentações da conta de Solange, que acabou sendo encerrada após o banco identificar suspeitas de improbidade. O neto de Solange, de 17 anos, também foi envolvido nas investigações como possível laranja no esquema de Deolane.

O jovem, que completa 18 anos em novembro, teve movimentações bancárias incompatíveis com sua renda declarada, o que também foi registrado em relatório do COAF.

O documento enfatiza a discrepância entre a renda mensal do jovem e o volume de dinheiro movimentado, sugerindo que os recursos possam ser provenientes de atividades não declaradas, sendo grande parte das transações feitas com sua avó, Solange Bezerra.