Em um desfecho inesperado para uma polêmica que chamou atenção nas redes sociais, a apresentadora Antonia Fontenelle triunfou em sua disputa judicial contra a influenciadora Deolane Bezerra. O conflito começou após Fontenelle fazer comentários irônicos sobre a prisão de Deolane e as acusações de lavagem de dinheiro que a influenciadora enfrentava. A decisão foi anunciada na tarde desta quarta-feira (11) pela juíza Renata Bittencourt Couto da Costa, da 4ª Vara Cível do Fórum de Barueri, em São Paulo.
A controvérsia teve início quando Antonia Fontenelle, em um vídeo amplamente compartilhado, zombou de Deolane e das alegações que pesavam contra ela. Em seu comentário, Fontenelle fez referências sarcásticas às acusações de lavagem de dinheiro, questionando a veracidade das declarações da influenciadora sobre seu patrimônio. “Essa roda-gigante não está girando, está capotando. Eu declaro meu imposto, mas você declara o seu? R$ 1 bilhão? Mas isso foi o que o Silvio Santos deixou para as filhas, depois de anos e anos de muito trabalho, e ser dono de uma das maiores emissoras do país. Sabe o que está faltando?” disse Antonia no vídeo, provocando a reação da defesa de Deolane.
A equipe jurídica de Deolane Bezerra alegou que os comentários de Fontenelle prejudicaram a imagem da influenciadora e, por isso, entrou com uma ação pedindo uma indenização de R$ 30 mil e a remoção dos vídeos da internet. No entanto, a juíza Renata Bittencourt Couto da Costa decidiu a favor de Fontenelle, alegando que a pretensão de Deolane de remover os vídeos e impor uma indenização ampla iria restringir o direito à liberdade de expressão e à livre manifestação do pensamento.
A decisão destacou que, embora o direito à liberdade de expressão deve ser protegido, ele não deve ser usado para justificar excessos ou abusos. A juíza afirmou que a liberdade de expressão é um direito fundamental, mas que não pode ser empregada para impedir discussões e críticas legítimas.
Com essa decisão, Antonia Fontenelle pode continuar a expressar suas opiniões nas redes sociais sem a necessidade de apagar os vídeos controversos. A vitória na corte reflete um importante precedente para casos semelhantes, onde a linha entre liberdade de expressão e difamação continua a ser debatida. A decisão também ressalta a complexidade das questões jurídicas envolvendo a mídia e as redes sociais, onde o equilíbrio entre direitos e responsabilidades é frequentemente desafiado.